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Tô na Área: Mãe de primeira viagem, Letícia Duarte mostra o poder da mulher ao conciliar a maternidade com o poker
A player mineira também revelou já ter trabalhado como dealer em clube de BH

“Sou psicóloga por formação e alma, feminista de coração e luta, mãe da Cecília, casada por escolha e sonho de ter uma família!”. Essa é uma frase da mineira Letícia Duarte que, além de tudo isso, descobriu talento nas mesas de poker e se dedica à profissão de jogadora que, diga-se de agem, só teve coragem de se chamar assim depois que concluiu a faculdade de Psicologia.
A relação dela com o esporte da mente começou a se intensificar quando chegou do intercâmbio em Portugal e se deparou com a possibilidade de pagar as contas exercendo o ofício de dealer num clube de Belo Horizonte.
“Até então eu só tinha conhecido o poker de 5 cartas na mão e mesmo assim só havia brincado algumas vezes. Quando comecei a dar as cartas, eu ficava encantada com todo mundo que jogava bem, irava o pensamento, a técnica e a leitura de jogo. A partir daí comecei a jogar torneios baratos para brincar e não parei mais”, contou ela que conciliava o trabalho com os estudos universitários.
Inclusive essa foi uma época bem complicada para “leduarte92”. Afinal, os horários de quem pratica ou trabalha com o baralho não são nada compatíveis com os de uma estudante. Para completar a situação, o interesse pelo jogo não agradou nada a família tradicional da Letícia, que olhava para o game com desconfiança.
“A verdade é que, no início, meu pai não queria nem que eu frequentasse a casa de poker e fez a minha irmã ir no clube conhecer, pois na cabeça dele o poker ainda era aquele jogo ilegal, ligado a companhias ruins e desonestidade”, lembrou. Mas isso ficou para trás porque hoje os avós da pequena Cecília entenderam o que é o poker de verdade e dão todo apoio a filha.
O poker e a maternidade
Apesar da jogadora de BH ter iniciado sua trajetória no esporte através dos torneios ao vivo e ter sido no Freeroll do KSOP Special onde conquistou seu big hit de R$ 15.000 pela 4ª colocação, Letícia se encontrou mesmo foi no online. “Hoje eu tenho o live como um lazer. Quando migrei para o poker online eu me encontrei, pois amo a rotina, a técnica e os estudos de field. Eu acredito que o poker online veio para levar o esporte a um outro nível”, explicou.
E é nos feltros dos principais sites que a integrante do CardRoom vem se destacando nos torneios de micro stakes, acumulando várias mesas finais no PokerStars. Como o previsto, os resultados são fruto de estudo e dedicação. No entanto, são nessas horas de competição que “leduarte92” também tem a chance de colocar em prática tudo o que a Psicologia ensinou, funcionando como uma chave extra para compor o seu mindset.
“Vejo muitos colegas ’tiltando’, reclamando, xingando e parte importante do poker é entender a variância, e saber lidar com a frustração, já que nessa profissão é normal após vários dias de trabalho ter ainda menos dinheiro do que antes de trabalhar. Essa realidade não é pra qualquer um. É necessária uma certeza muito grande dos objetivos, certeza e tranquilidade que tenho graças à Psicologia!”, revelou.
Ainda bem que ela tem todo esse background de respeito para ajudá-la a conciliar a vida de jogadora com a maternidade, que demanda tempo e energia constante. “Minha filha (que é o ser mais perfeito do mundo, diga-se de agem) é muito nova ainda, tem menos de dez meses e demanda MUITA atenção!”, disse.
Fora isso, Letícia também tem a ajuda do maridão e jogador de poker Otto que sempre está ali revezando as obrigações para que a esposa possa grindar tranquila e focada.
“Mesmo tendo uma realidade flexível faz parte do meu momento entender que minha evolução será em meu próprio tempo, respeitando minha história e que essa conciliação tem que ser feita de acordo com a realidade de cada um. É muito comum a comparação no poker, vemos resultados dos amigos e queremos os nossos também. Porém o poker não é linear e isso é difícil, mas também é o que o torna tão interessante”, comentou.
Feminismo e planos
“Eu poderia falar aqui que espero estar jogando a WSOP ou cravando um torneio grande e milionário, mas não acredito que o poker seja sobre isso para mim. O poker é superação e dedicação e é isso que espero alcançar, uma rotina e uma história que me levem sempre a ser melhor”, Letícia Duarte
Dessa forma, a mineira mostra a força da mulher que pode ser o que quiser independente da maternidade. “O poker faz parte das minhas aspirações intelectuais e da decisão de levar a vida de um jeito que eu tenho a escolha, e não viver de acordo com o que a sociedade e o sistema me mandam. Não existe uma separação dentro e fora do poker porque tudo que eu sou e acredito, eu levo em todos os âmbitos da minha vida”, afirmou.
Aliás, aproveitando o gancho, a feminista avalia o cenário geral encontrado pelas poker players no Brasil e mesmo concordando que houve uma melhora, Letícia acredita que ainda é preciso evoluir.
“Somos muitas vezes subestimadas e defendo que não podemos nos calar. Temos que ocupar, aparecer, gritar e lutar pelo nosso lugar! Tenho a sorte de estar cercada de pessoas que acreditam em mim, mas sei que não é a realidade da maioria. Então para todas as mulheres que estão nesse meio eu só digo para não desistirem, estamos juntas e temos potencial para alcançarmos tudo que quisermos!”, falou.
Quando a mãe da Cecília cita que teve pessoas que acreditaram nela, podemos pressupor a decisão de fazer parte do CardRoom, que a acolheu quando ainda estava grávida. “O conteúdo que o time traz é incrível e poder contar com a ajuda de grandes jogadores que eu iro não tem preço. Além disso, o time consegue nos ar uma visão realmente profissional do jogo, o que me ajuda a ter foco e determinação”, comentou ela que tem como inspiração Lali Tournier, Rebeca Rebuitti, Eduardo Silva e Matheus Cunha.
Sendo assim, tudo isso está alinhado com o desejo da “leduarte92” de crescimento intelectual e técnico no jogo. O que leva a participação em torneios highs stakes e a possibilidade da estabilização financeira. Ah, mas isso não quer dizer a membro da família Duarte quer se tornar podre de rica não.
“Eu poderia falar aqui que espero estar jogando a WSOP ou cravando um torneio grande e milionário, mas não acredito que o poker seja sobre isso para mim. O poker é superação e dedicação e é isso que espero alcançar, uma rotina e uma história que me levem sempre a ser melhor”, comentou.
Depois de todas as declarações e superação, Letícia aproveita para expressar a gratidão que sente por todos aqueles que a apoiam nesta caminhada. “Tenho muito a agradecer a todo mundo aqui de BH que acredita em mim e no meu jogo. Não vou citar nomes para não esquecer alguém, pois já tive muito apoio. Além deles, quero agradecer a meu marido Otto que está do meu lado em todas as decisões, me apoiando e dando o e que eu preciso. E enfim, quero agradecer ao CardRoom Poker Team que me contratou enquanto eu estava grávida e me dando todas as chances possíveis”, falou.
O Mundo Poker deseja a mamãe da Cecília muitas felicidades, resultados e evoluções na profissão de jogadora de poker. E que outras mulheres tenham coragem de embarcar no sonho de se tornarem uma player depois de ler sua história. Nós vemos no próximo Tô na Área!
A player mineira também revelou já ter trabalhado como dealer em clube de BH
WSOP
Semifinal do Heads-Up da WSOP terá jogaço entre Patrick Leonard contra Artur Martirosian; confira
Outra semifinal da chave terá confronto entre jogadores sem bracelete

O Heads-Up Championship da WSOP, torneio no formato mata-mata com buy-in de US$ 25.000, conheceu os quatro semifinalistas do certame. Dois deles são jogadores extremamente conhecidos pelo público e referências na atualidade: o inglês Patrick Leonard e o russo Artur Martirosian.
A chave colocou os dois europeus frente a frente no duelo valendo uma vaga para a grande final. O outro confronto da semifinal será entre dois jogadores que não possuem bracelete da série: o experiente Aliaksei Boika, nome forte do poker online, e o americano David Chen.
O sábado (31) foi de rodada dupla das oitavas e quartas de final. Leonard derrotou Martin Zamani e Mike Shi. Inclusive, o britânico elogiou o segundo adversário após republicar uma postagem do Mundo Poker no Instagram sobre o confronto. Ele escreveu: “esse moleque é muito, muito bom”.
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Martirosian venceu dois confrontos pesados. Primeiro, tirou Kavin Rabichow – para muitos um dos melhores jogadores de heads-up do mundo – e depois um duelo longo contra Chance Kornuth, onde ou a maior parte do tempo atrás no chip count. Boika tirou Brandon Brown e Harvey Castro, enquanto Chen venceu Richard Green e uma verdadeira batalha contra o francês Thomas Eychenne.
Eychenne, Kornuth, Shi e Castro entraram na faixa de premiação e garantiram o prêmio de US$ 86.000. Os perdedores da semifinal vão levar US$ 180.000. O campeão vai faturar a bagatela de US$ 500.000 e o bracelete da série. O vice-campeão terá como consolo uma forra de US$ 350.000. As semis e as finais ocorrem neste domingo (01) às 16 horas do horário de Brasília.

Artur Martirosian
Confira o MundoTV Cast #71 com Nélio Santana:
WSOP
Marcelo Costa alcança a faixa de premiação e termina o Evento #8 na 60ª colocação
Brasileiro viu metade do field ser eliminado no Dia 2 do torneio antes de cair

Ainda não chegou o primeiro Dia Final para o Brasil na WSOP, mas os motores estão começando a aquecer. Depois da reta final de Wagner Wysotchanski no Evento #5, agora foi a vez do especialista em mixed games Marcelo Costa, o Marceleza, afunilar em um torneio da grade. O dele aconteceu no Evento #8.
O torneio da vez era o US$ 1.500 Dealer’s Choice, uma das variantes mais complexas do poker. O torneio abrange 21 modalidades e cada jogador da mesa tem o direito de escolher o jogo que será disputado por uma órbita.
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Único brasileiro classificado para o Dia 2, costa enfrentou um field de 597 entradas. O torneio recomeçou com 124 jogadores e Marcelo não teve muitas dificuldades para assegurar a premiação mínima. Em menos de duas horas, a bolha estourou com 90 jogadores. Ele finalizou na 60ª colocação e levou US$ 3.015.
Marcelo perdeu duas mãos importantes na modalidade Badeucey e ficou distante da média de fichas do torneio. Ele lutou, mas acabou sucumbindo justamente uma posição antes de um pay jump – pequeno, é verdade – para US$ 3.065.
Confira o MundoTV Cast #71 com Nélio Santana:
Geral
Enio Leitte é o campeão do High Roller do C PixPoker Interior em Mossoró e encerra jejum
Jogador vinha de derrota em quatro heads-up seguidos neste ano

Tabu só existe até ser quebrado, certo? O jogador Enio Leitte pode responder essa com convicção. Depois de encarar uma sequência na carreira com quatro heads-up perdidos consecutivamente, a volta por cima veio em grande estilo. Ele foi o grande campeão do High Roller do C PixPoker Interior disputado em Mossoró.
Com buy-in de R$ 690 e 91 entradas, o High Roller foi um grande sucesso. Enio não tomou conhecimento da concorrência, conseguiu a cravada e levou R$ 10.600 após acordo no 3-handed. “Sensação ótima, esse ano é meu quinto HU e deu trave quatro vezes, nunca tinha feito mais que dois HU consecutivos e perdido, imagina quatro”, disse.
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A trajetória de Leitte no torneio foi marcada por bastante resiliência. Ele era apenas o 14º colocado do chip count no Dia Final com 15 jogadores. Quando a mesa final começou, o stack era de 8 big blinds. A arrancada terminou com o heads-up contra Neildson Farias. O terceiro colocado foi Picolé.
Enio, agora, está de olho no ranking para jogar o Campeonato Brasileiro por Equipes. “Encostei no primeiro, agora engatar nos outros torneios e buscar essa vaga na seleção potiguar. Tentar desfrutar mais uma vez desse vento maravilhoso que é o torneio de seleções”, completa o campeão.
Confira a premiação dos finalistas:
1º – Enio Leitte – R$ 10.600*
2º – Neildson Farias – R$ 9.900*
3º – Picolé – R$ 9.900*
4º – Felipe Barbalho – R$ 5.000
5º – Pablo de Sá – R$ 3.700
6º – Nego Jericó – R$ 3.000
7º – Emerson Vieira – R$ 2.300
8º – Kekel Macau – R$ 1.800
9º – Adham – R$ 1.500
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