O ano de 2019 foi o último onde a WSOP aconteceu de maneira “normal”. Infelizmente, uma pandemia global alterou o rumo das próximas e sequer houve edição em 2020, com o mais famoso evento de poker ao vivo do mundo retornando apenas em 2021, ainda com várias restrições que impediram diversos jogadores de estarem presentes nos Estados Unidos.

Naquele 2019, um dos jogadores brasileiros teve trajetória inesquecível. O paulista Marcello Giordano foi um dos maiores destaques da série, atingindo um número recorde de ITMs para o país. Giordano ficou premiado em nada menos que 18 torneios da WSOP naquela temporada, enchendo de orgulho a todos que o acompanharam de longe e colocando sempre a bandeira brasileira em evidência.

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A inesquecível campanha faz com que a expectativa cresça, e a aproximação de uma nova edição da série em Las Vegas já mexe com o sentimento do jogador. Marcando presença no KSOP SP, Giordano contou como está preparando a mente para engatar em uma nova viagem importante. E ele já espera mudanças, principalmente por conta de motivos nobres:

“A expectativa pra é diferente da de 2019, que foi o ano que eu fiz bastante ITM. Primeiro porque eu não vou ar o mesmo número de dias. Fiquei 50 dias naquele ano, quase a temporada completa. Eu acabei de voltar de uma viagem de um mês, que foi pra ir no Big Player, e no final ali eu já tava morrendo de saudade do meu filho, da família. Então o plano é ir pra Vegas e ficar no máximo uns 20 dias. Pegar o Main Event, alguns paralelos, e ver o que vai rolar”, explica.

Marcello também não poderia de traçar uma meta: “eu não tô me cobrando pra manter os ITMs. Acho que até rola uma cobrança, é natural, tanto minha quanto de fora, porque da última vez que eu fui foi realmente muito bom. Bate aquela dúvida do tipo ‘será que eu vou conseguir repetir? Será que vai ser bom, cheio de ITM de novo?’, mas tô tentando evitar esse sentimento e ir de maneira mais leve, jogar o jogo do jeito que to acostumado. Mas a expectativa máxima mesmo é de sair de lá com um bracelete”, brinca.

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Mesmo em tom de brincadeira, o já rodado jogador está ainda mais preparado. De 2019 pra cá, muita coisa aconteceu e o especialista de poker live teve que alterar diversas coisas. Nesse tempo, ele ou a ser nome frequente no grind online e integrou o NeTTeam, time do profissional Renan Bruschi. E essa nova experiência rendeu um excelente ponto, levantado pelo craque na conversa durante o KSOP:

“Essa agem pelo NeTTeam e o tempo que estive grindando forte com certeza me ajudou muito na parte técnica. Mas eu tenho ainda algumas dúvidas sobre essa diferença do live pro online. Porque no online a gente joga muito pelo longo prazo, jogando mãos mais por EV e não preza muito pelo tournament life. Eu não sei o quanto isso afetou ou vai afetar o meu desempenho pro live. Porque agora eu tô blefando mais, algumas mãos que aprendi que tinham que ser blefe, dando mais all ins, sendo bem mais agressivo no geral. Mas ao mesmo tempo eu não consigo definir o quanto esse jogo de maior variância é bom pro live. Então eu tô tentando me adaptar ainda nessa volta, porque foram dois anos só no online por conta da pandemia e é um jogo um pouco diferente. Mas com certeza somou muito tecnicamente”, reflete.

A melhor forma de conseguir é voltar a impor um ritmo forte nos torneios ao vivo. E, nesse ponto, Giordano já elegeu seu preferido: “a ideia é rodar sempre o circuito. O KSOP é sensacional, é com certeza meu evento favorito a nível nacional, pelos buy-ins, pela galera, pelo estilo. Sempre que possível vou estar viajando, jogando. Meu foco hoje é focar um pouco mais na família, tô dando aulas também, iniciei um time online. Então tenho ido pra outros lados, vim de uma maratona insana antes no live e agora alterei um pouco as prioridades. Mas se tem um evento que priorizo ir é o KSOP. Balneário estarei lá, sem dúvidas”, finaliza o jogador.

Confira o episódio #07 do MundoTV Cast:

O profissional da cidade de São Paulo viveu bastante coisa desde a participação histórica