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CMP: De volta ao Mineiro após longo tempo, Gabi Belisário vê evolução nítida e debate papel de embaixadora do poker feminino
A jogadora está no poker há um bom tempo e falou com propriedade dos assuntos

A primeira etapa do Campeonato Mineiro de Poker de 2023 tem sido um sucesso inegável. Além de todas as competições estarem batendo o garantido com tranquilidade e vários nomes de peso do cenário estadual e nacional estar presentes, muitos outros pontos positivos sobre a realização do evento estão sendo observados pelos jogadores. Exemplo claro disso foi a opinião de Gabi Belisário, a primeira campeã brasileira, nome forte do poker mineiro e “embaixadora” do poker feminino no Brasil.
Marcando presença em diversos torneios desde que a etapa começou, Gabi Belisário se surpreendeu com a evolução que o poker mineiro apresentou desde sua última vez em algum campeonato daqui. Acostumada a rodar circuitos no Brasil e até mesmo fora dele, a jogadora conseguiu identificar alguns quesitos que colaboram para essa ascensão observada por ela e que contribuem muito para a evolução do esporte. Ela detalhou seu ponto de vista:
“Já fazia algum tempo que eu não jogava aqui em Minas. Eu tava jogando os circuitos fora, ficando mais em São Paulo, e o que eu percebi nesse Campeonato Mineiro é a questão do profissionalismo. Veio uma equipe pronta pra atender todas as demandas do poker, com as regras bem definidas e tudo mais. Isso foi algo que me chamou a atenção aqui. E tem também a questão da publicidade, de trazer essa cobertura pra levar a informação pra mais pessoas. Isso aumenta a vontade das pessoas de se interessarem, de buscarem vir e conhecer. Quando eu comecei, antigamente, isso não existia. As notícias eram poucas. As informações do poker em si eram mínimas. Acho que esse conjunto ajuda na ascensão”, descreve Gabi.
Mas, também com um olhar de quem conhece muito dos bastidores do poker, Belisário faz outra observação, usando sua própria experiência como ponto de partida: “mesmo já chegando a esse nível que estamos hoje, eu ainda enxergo que existe muita oportunidade de crescimento. Eu percebo que houve uma mudança não só da visibilidade das pessoas em geral, porque o poker era muito estigmatizado antigamente. Tinha a questão de achar que era jogo de azar, em ambiente vulgar. E enquanto mulher foi um pouco até mais complicado mostrar diante da minha família que isso não era assim”, começa.
A jogadora continua: “a partir do momento que as pessoas foram conhecendo, os resultados foram chegando e os profissionais foram mostrando que sempre estavam ali, isso quebrou esse pensamento. Acho que a questão da tecnologia ajudou muito também, com a questão de transmitir, de ar informação, de levar o poker pra mais lugares. Isso não só no mineiro, mas também no mundo inteiro. Então eu ainda acho que a gente tá num patamar considerado pequeno, porque acho e espero que vai ter uma ascensão maior ainda”, diz Gabi.
Empolgada com o que viu desde o primeiro dia, Gabi Belisário marcou presença nos dias seguintes. E ela nitidamente se sentia em casa, com tantos amigos por perto: “eu brinco que Minas é uma roça grande, né? Eu falo que em BH todo mundo conhece alguém que conhece alguém. Aqui em Belo Horizonte principalmente a galera é muito unida. Essa amizade que a gente tem dentro do meio é bem bacana e é sempre bom estar reunido com o pessoal. Tinha muito tempo que eu não via uma galera que tá aqui. Tem uma turma que eu convivo quase que semanalmente, mas tem alguns que eu não via faz tempo e foi muito bom vir e rever todo mundo”, relata.

A campeã brasileira Gabi Belisário (direita) ao lado da campeã mineira Samantha Caiaffa
Com um currículo de respeito e uma carreira já bem longa, é normal se esperar que Gabi Belisário jogasse só os torneios principais. Mas não foi bem assim. Ela, por exemplo, fez questão de vir jogar o Ladies, que tinha apenas R$ 5 mil garantidos. E o motivo da escolha é uma verdadeira aula. Grande representante do poker feminino no país, ela aprendeu com a experiência da carreira a importância da competição para as mulheres. E ela detalhou tudo isso em uma belíssima explicação:
“Eu comecei a jogar poker em 2007 e acho que o primeiro Ladies que eu joguei foi só em 2014. Foi muito tempo depois, porque eu sempre olhei pela ótica de que, se é um esporte da mente, não tinha porque existir essa distinção. Até eu escutar uma jogadora falar que não se sentia confortável de entrar num salão com tantos homens, que não sabia como ia reagir, não sabia se as pessoas iriam julgá-la por ainda não jogar bem e tal. Aí eu falei: ‘cara, a gente ainda tem essa cultura até machista mesmo, então eu precisei entender que algumas mulheres não estariam confortáveis de estar nesse ambiente’, primeiramente”, começa.
“Foi aí que eu entendi que o Ladies é uma porta de entrada pra esse ambiente, então a partir daí eu meio que peguei uma bandeira de recepcionar essas mulheres, pra mostrar que elas podiam vir e estar ali numa competição maior, com mais pessoas. Agora eu levo bem a sério essa questão”, completa Gabi. Mas, claro, um dos carros-chefes do poker é a diversão e isso não poderia ficar de fora: “aqui em Minas também serve pra rever amigas, porque como somos poucas mulheres, acaba que a gente fica mais próximas. Tem esse lado onde eu consigo beber um pouquinho, fico conversando, jogo mais leve. Fico mais descontraída, com o foco na diversão”, finaliza.
Confira o MundoTV Cast #23 com Rafael Moraes:
A jogadora está no poker há um bom tempo e falou com propriedade dos assuntos
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Lincoln Furukawa supera field difícil e conquista o High Roller no P Guarapuava após heads-up com adversário paraguaio
O jogador de Londrina embolsou R$ 39.800

A madrugada de decisões no Circuito Paranaense de Poker (P), realizado no Centro de Eventos, em Guarapuava, terminou com mais uma grande cravada. O sempre tradicional High Roller teve um desfecho eletrizante e, quem se deu melhor, foi Lincoln Furukawa, que conquistou o título após uma mesa final marcada por muita ação e reviravoltas.
Com um buy-in de R$ 1.500, o High Roller seguiu o ritmo de todas as outras decisões da etapa e apresentou excelente jogabilidade, reunindo 139 entradas. Para ficar com o título, Lincoln Furukawa enfrentou uma verdadeira maratona de mais de 12 horas de jogo, encerrando com chave de ouro sua participação na segunda etapa do P 2025. Pela conquista, ele embolsou R$ 39.800.
Ele que já havia vencido o torneio em outra oportunidade, falou sobre a vitória: “tinha que defender o Brasil né? Tava precisando desse troféu, fui bolha do Main Event. Acho que hoje fiz um bom trabalho após tomar uma paulada. Mas deu bom”, disse.
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O High Roller foi duríssimo, e Lincoln precisou de muitas horas até confirmar a vitória. A mesa final foi marcada por intensas decisões de ICM e exigiu bastante paciência e estratégia do campeão.
No caminho até o título, ele superou adversários de peso como Márcio Kaminski, Mateus Miecznikowski, Marcus Gonçalves, Meredes Simmerman, Emanuel Bastos, Horacio Rojas, Dioni Dias e Holden Villalba, do Paraguai. “Mesa complicada, bem dura. Os gringos apertaram, fizeram apostas bem altas. Foi esperar o momento certo para poder pegar eles”, contou.
Agora, o P desembarcará em Salto del Guairá, no mês de junho, e Lincoln terá a chance de defender o título do High Roller: “É, vamos ver se minha mulher vai querer ir, quem sabe. Mas Londrina eu vou com certeza, é do lado de casa”, finalizou.
Confira a premiação completa:
1º – Lincoln Furukawa – R$ 39.800*
2º – Holden Villalba – R$ 27.285*
3º – Dioni Dias – R$ 23.120*
4º – Horacio Rojas – R$ 15.500
5º – Emanuel Bastos – R$ 12.000
6º – Meredes Simmerman – R$ 9.500
7º – Marcus Gonçalves – R$ 7.800
8º – Mateus Miecznikoswki – R$ 6.500
9º – Marcio Kaminski – R$ 5.500
*acordo
Confira o Poker de Boteco #107 com Fábio Murakami:
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Diego Galvão crava o Turbo no P Guarapuava em sua única participação no evento: “primeiro torneio vencido”
O jogador foi incentivado pelos amigos a participar da competição

O P Guarapuava foi um verdadeiro sucesso e terminou em grande estilo, com quatro campeões sendo coroados no salão do Centro de Eventos. Um deles foi Diego Galvão, vencedor do último torneio da grade, o famoso “Turbo”.
Com buy-in de R$ 250, a competição reuniu muitos jogadores, formando um field total de 128 entradas. Diego Galvão, que participou da etapa apenas neste domingo, foi quem sorriu no final. Pela vitória, recebeu R$ 7.300.
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Feliz com a vitória, ele expressou: “primeiro torneio que cravei, né? Faz tempo que eu não jogava mais Texas, jogava só Omaha. Fiquei short bastante tempo, daí consegui, devagar, subir meu stack e consegui cravar, graças a Deus”, contou o campeão.
A mesa final contou com jogadores importantes, como Matheus Lima, Alisson Gigliotti, Antonio Pires, José Iasumik, Márcio Souza, entre outros. Mesmo sem ser um jogador frequente de Texas Hold’em, o campeão se saiu melhor que os regulares do P e postulantes ao ranking.
Ele finalizou a entrevista comentando sobre sua experiência na etapa: “hoje, na verdade, foi o primeiro dia que eu vim. Joguei o 50K, e meu amigo falou que não ia jogar, então eu fiquei meio indeciso, entrei meio de última hora e meio na brincadeira. Viemos só pra nos divertir… e acabei ganhando. Muito bom o P, ainda mais com troféu”, finalizou.
Confira a premiação completa:
1º – Diego Galvão – R$ 7.300
2º – Marcio Souza – R$ 5.350
3º – José Iasumik – R$ 3.600
4º – Alisson Gigliotti – R$ 2.400
5º – Antonio Pires – R$ 1.500
Confira o Poker de Boteco #107 com Fábio Murakami:
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Gabriela Neppel vence Last Chance do P Guarapuava em heads-up emocionante contra o irmão Fábio
A campeã saiu com um prêmio de R$ 9,7 mil

Os últimos campeões do P Guarapuava foram conhecidos na madrugada desta segunda-feira (19), e o salão do Centro de Eventos foi palco de grandes comemorações. Uma delas veio com Gabriela Neppel, que protagonizou um emocionante heads-up familiar contra o irmão Fabio Souza e conquistou o título do Last Chance.
Gabriela, uma das principais regulares do circuito, superou um field de 207 entradas no torneio de buy-in R$ 300 e garantiu uma bela cravada. Pela vitória, ela faturou R$ 9.750 e não escondeu a emoção após a última mão do torneio:
“A sensação era muito boa. Consegui sair na frente e, ainda por cima, disputar o heads-up com o meu irmão. A gente nunca tinha feito isso antes, foi uma experiência bem diferente e que valeu muito a pena”, destacou a campeã.
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Gabriela travou duelos interessantes com os adversários na mesa final. Já no 5-handed, os jogadores decidiram por um acordo igualitário, após uma sugestão feita por seu marido, Ramon, que acompanhava a ação do lado de fora. A partir dali, foi só soltar o jogo e partir com tudo em busca do troféu.
“O acordo aconteceu porque a gente ficou muito tempo em cinco pessoas. O jogo travou, todo mundo estava com o stack bem parecido, e pela demora mesmo optamos por fazer o acordo. Acho que foi a melhor decisão, porque a mesa acabou perdendo a jogabilidade. Depois disso, o jogo fluiu e, no final, deu tudo certo”, comentou.
O heads-up familiar com o irmão Fábio foi um momento especial. Em um field de 207 entradas, é quase improvável imaginar dois parentes tão próximos decidindo um título de torneio. Gabriela se mostrou extremamente feliz com o feito, que certamente será motivo de alegria para toda a família:
“É muito difícil isso acontecer, então só tenho a agradecer, ainda mais por ter sido com ele, né? Já é difícil chegar, então agora é seguir em frente e pensar no próximo”, finalizou a campeã do Last Chance.
Confira a premiação completa:
1º- Gabriela Neppel – R$ 9.750
2º – Fabio Souza – R$ 6.000
3º – Ronaldo Sandi – R$ 6.000
4º – Renan Ribas – R$ 6.000
5º – Holden Benitez – R$ 6.000
6º – Marcelo Vantroba – R$ 2.700
7º – Douglas Bueno – R$ 2.150
8º – Marino Davantel – R$ 1.750
9º – Henderson Santos – R$ 1.450
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