Blog do Montanha de Cartas
Conhecendo um novo clube de poker
O campeão ganha pacote para o Main Event da WSOP

Se você está lendo esse texto é porque gosta de jogar poker, sendo assim, deve ser como eu, quer sempre conhecer os novos clubes de sua cidade ou região. Aqui em São Paulo, desde a metade do ano ado, os espaços voltados para o nosso joguinho estão surgindo a todo momento e lugar. A pedida do momento é o Templo Poker, localizado bem no centro da capital, na Alameda Barros, 376, no quarto andar do Clube Piratininga.
O local é tradicional na terra garoa e no final da última semana aconteceu o torneio inaugural, portanto, eu e minha esposa partimos para conhecer e engatar naquela disputa que prometia algo muito especial. O campeão iria levar para casa um pacote com agem, hospedagem e o buy in do main event da WSOP, em Las Vegas, a Copa do Mundo do poker, que desde a década de 1970, quando foi criada, tem a entrada no valor de US$ 10.000.
Muito bem recepcionado na entrada do clube percebi logo de cara que a missão seria bem complicada para esse jornalista que vos escreve. Entre os jogadores na disputa havia no mínimo três vencedores de H: Carlos Vega, Cris Vieira e o sempre simpático Fabiano Soldá. Dono de um bracelete do main event do BSOP, Jorge Moutella, também era outro atleta da mente de destaque, além de Nelo Rodolfo Neto, uma jovem promessa que vem arrebatando os torneios High Roller nas principais séries.
Dei uma volta pelo salão principal que comporta dez mesas e descobri que para eventos maiores a casa dispõe de outros dois locais no mesmo prédio, um com capacidade para 50 mesas e o outro 80, portanto, como me alertou o diretor de torneios Rodolfo Freitas, em breve disputas com garantidos grandes e dias classificatórios devem ser realizados por lá.
Profissional com agens por vários clubes onde adquiriu muita experiência, Rodolfo não tem medo da concorrência e o trabalho e a localização serão os diferenciais do novo espaço. Ainda de acordo com ele, 80% dos funcionários do local não são ligados ao poker, por isso novas experiências serão experimentadas no Templo Poker, porém, a máxima do buy in baixo e garantido alto será mantida.
Sobre o torneio inaugural eu engatei e não fui bem, sendo eliminado ainda no período de reentradas. Já a Mayza Basso, minha esposa, e sem sombra de dúvidas a melhor jogadora da casa acabou indo longe, porém deixou a disputa próximo da zona de premiação. O campeão foi Raul Oliveira e o Blog Montanha de Cartas deseja toda sorte do mundo para ele na WSOP!
O campeão ganha pacote para o Main Event da WSOP
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Opinião: qual o real valor de um bracelete online diante daquele obtido no presencial?
Até o momento o Brasil tem 14 braceletes, oito deles foram no online

Que começo de WSOP Online para os brasileiros hein. Em duas semanas foram quatro títulos, além de varias traves. Não tem como não lamentar as medalhas de prata do Renan Bruschi e do Felipe Mojave. O embaixador da GGPoker inclusive atraiu milhares de espectadores no canal dele na Twitch durante mais de 12 horas de transmissão, eu fui um desses, invadi a madrugada de uma segunda-feira na torcida pelo papaizinho.
Mas todo esse sucesso tupiniquim gerou um debate que anda inflamando muitas transmissões, até mesmo as do MundoTV ou do programa Depois do River. Até que ponto o ganhador de um bracelete online pode se considerar campeão mundial? A joia conquistada de forma presencial vale mais do que a obtida atrás de uma tela de computador?
Esses dias ouvi um comentário muito interessante sobre o assunto do nosso editor-chefe, Ytarõ Segabinazzi. Ele disse algo mais ou menos no sentido de que o bracelete online é como se fosse o coelhinho da páscoa ou o papai Noel. Se a pessoa acreditar que ele vale um título mundial, então a conquista tem esse valor, do contrário, se torna folclore, ou apenas história.
Pode até parecer piada, mas o que disse o big boss do Mundo Poker é uma grande verdade absoluta, não tem como fugir isso. O valor histórico de uma conquista quem faz é o próprio ganhador e toda a comunidade. Só não dá para negar que existem diferenças cruciais entre um bracelete obtido em Las Vegas e outro no online.
Uma vez um conhecido profissional do poker me apresentou uma comparação entre o jogo com o monitor, mouse e teclados e aquele que envolve o tradicional baralho de papel ou plástico, o barulho das fichas e crupiês uniformizados. Para ele o online era como se fosse o futsal e o live o futebol de campo. Os dois esportes são basicamente o mesmo, mas ninguém quer unificar os títulos conquistados nas quadras com os do gramado, não é mesmo?
Também é muito possível e provável um craque do futsal se dar bem também no campo, ou vice-versa. Uma coisa não foge da outra, tá aí o Erik Seidel faturando quase US$ 1 milhão no online e a maioria dos prêmios dele sempre foram no live. A evolução do jogo bateu na porta de todo mundo, ainda mais em tempos pandêmicos, o joguinho no computador se fez obrigatório para aqueles que vivem do baralho.
Contudo, não dá para negar o charme e o poder midiático por trás de uma WSOP presencial. A fantástica estrutura do Main Event, o salão lotado, as personalidades marcantes do esporte, os banners com os grandes campeões e aquele monte de notas em cima da mesa no heads-up formaram gerações inteiras de atletas da mente.
Não existe uma resposta certa para as questões desse texto. Não dá para tirar o mérito de quem forra pesado na WSOP Online. Eles são sim campeões mundiais. Mas como diz o Bruno Henrique do Flamengo, o presencial ainda é “oto patama”. No humilde ponto de vista deste que vos escreve cada um tem um valor distinto, mas todos são conquistas louváveis, ainda mais vindas de um país que ainda sofre preconceito com o poker.
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Confira o episódio #15 do Depois do River:
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irável mundo novo do poker. Uma utopia do nosso joguinho, inspirada no clássico livro inglês
O poker sem frustrações ou injustiças

Atenção! Antes de começar a ler essas linhas é preciso um aviso. Esse texto é uma loucura total sem muito fundamento e obviamente não estou querendo mudar as regras do poker. O motivo de batucar essas palavras é apenas traçar um paralelo do nosso joguinho com o livro inglês “irável Mundo Novo”, de Aldous Huxley, publicado em 1932 e que recentemente ganhou uma série televisa disponível na plataforma de streaming Globoplay.
Esse inspirador romance se a na fictícia Nova Londres no ano de 2.540. Uma sociedade distópica vive sem frustrações, com classes bem definidas, muita tecnologia e apenas duas regras: não existe privacidade e nem monogamia. A grande arma pra acabar com qualquer revolta ou sentimento ruim é o medicamento “soma”. Um simples comprimido e qualquer sentimento ruim evapora.
Imagina se tivesse esse tal “soma” em um torneio de poker? Os jogadores teriam que tomar um atrás do outro porque não existe atividade mais frustrante do que uma competição dessa. Já partimos do principio que a bolada mesmo quem vai ganhar é só um entre todos os atletas da mente inscritos e isso por si só já deixa o funil mais apertado impossível.
Só que até este momento tudo bem, faz parte, é normal, o campeão merece mesmo levar a grande fatia do bolo, mas e as injustiças que o baralho proporciona no meio do caminho? Para evitar o uso do “soma’, algumas regrinhas poderiam ser ajustadas no nosso joguinho e a primeira delas é polêmica.
Obviamente no Texas Hold´em vence a mão aquele que formar a melhor combinação com cinco cartas, mas não dá uma raiva quando você tem três pares e o adversário só dois e mesmo assim ele ganha? Pra mim dá. Se tivesse “soma” eu tomaria logo uns três quando isso acontece, por isso chega! No irável mundo novo do poker três pares vão sim ganhar de dois pares!
Ah e quando o assunto é frustração nada maior do que aquele all in pré flop onde você está na frente e acaba perdendo. Seja aquela mão que você tem 60%, 70% ou 80% de chances de ganhar. No final, tá lá, as cartas do adversário que tinha menor probabilidade de vencer deitam no feltro da mesa como se fossem facas no nosso peito.
Sacanagem! Para acabar com isso seria perfeito se essas mãos não existissem board. All in pré- flop desse novo jeito seria assim: mostram-se as cartas e acabou, quem tá na frente ganhou. Se for um coin flip honesto, daqueles QQ x AK divide as fichas e vai pra próxima rodada, chega de bad beat. No futuro vamos economizar muito “soma” jogando desse jeito.
Outra coisa que me irrita é aquelas jogadas onde todas as fichas vão pro centro da mesa e um tem A2 e o outro A3 por exemplo. Poxa, uma mão dessas tem que terminar empatado. É injusto alguém ganhar ou perder uma parada dessas. Segue a mesma dinâmica do coin-flip. Empate! Vamos jogar mais o pós-flop gente!
Tudo bem até ito que esse texto é coisa de queimado, mimimi de jornalista frustrado que não virou jogador de poker. Mas se for pra pregar um mundo mais justo que ele comece no nosso poker. Já pensou se o joguinho fosse assim? Será que ele seria tão apaixonante como é?
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O outro lado da notícia. Assista a entrevista do Blog Montanha de Cartas para a Rádio Poliesportiva
Projeto que promete dar voz a todos os esportes concede espaço ao poker

No final do mês ado recebi um convite do jornalista Eric Filardi através da minha conta no instagram para dar uma entrevista. Se você que leu a frase anterior ficou surpreso, imagina como foi a minha reação. De imediato a ideia pareceu no mínimo inusitada, afinal, estou acostumado a entrevistar e não a ser entrevistado. O que será que queriam ouvir de mim? Será que tenho uma história boa para contar? Quem são os loucos que queriam me entrevistar?
Tantas perguntas, mas vamos as respostas. A tal da entrevista que fui convidado era uma live da Rádio Poliesportiva, um projeto que promete dar voz a todos os esportes. Já vi muitos veículos de comunicação utilizar um slogan desses e não dar a mínima para o poker, mas dessa vez foi diferente. Só o fato deles darem espaço para alguém que trabalha com o nosso joguinho demonstra seriedade, por isso logo confirmei o bate papo, mas não demorou e veio a insegurança.
Trocar de lado assim não é uma coisa tão fácil. Acostumado a ficar do outro lado da notícia, relatar os fatos, entrevistar, editar, eu realmente não sabia o que estaria por vir e tenho certeza que não sou o melhor representante da imprensa do poker nacional para dar uma entrevista dessas. Aqui mesmo no Mundo Poker temos o nosso editor-chefe Ytarõ Segabinazzi e o Guilherme Schiff com muito mais bagagem no assunto do que eu.
Mas também não posso me desvalorizar, como me disse uma vez o Igor Federal, então presidente da CBTH, um tijolinho na história do poker eu coloquei. O Blog Montanha de Cartas existe há seis anos e contribuiu com a inclusão do nosso joguinho na TV aberta, quando eu ainda trabalhava na emissora paulista TV Gazeta.
Também foi neste espaço que em 2019, relatei as aventuras nas Bahamas, onde estive a convite do PokerStars para cobrir o primeiro – e até o momento único – PSPC PokerStars Players Championship. Lá entrevistei o Daniel Negreanu, conheci Chris Moneymaker, jantei ao lado do Erik Seidel e acompanhei ali de pertinho a saga do Pedro Padilha, eliminado bem perto da mesa final daquele imenso torneio.
No ano ado, ao lado da Mayza Basso, criamos o Baralho Pergunta, uma série de entrevistas inovadoras onde os principais nomes do cenário do poker nacional aram. Teve bate papo com o André Akkari, Felipe Mojave, Brunno Botteon, Leo Mattos, Carol Dupre, Milene Magrini e muitos outros.
Opa, então espera um pouquinho. História para contar eu tenho bastante. Sobre poker e jornalismo esportivo, afinal, além do Blog que escrevo por prazer, já ei por algumas redações, trabalhando sempre com o esporte e aprendendo com os melhores, como o mestre Michel Laurence.
E foi justamente nessa pegada de poker e jornalismo esportivo que fui surpreendido pela impecável condução do jornalista Gabriel Max na live da Rádio Poliesportiva na última segunda-feira (19). Em um clima bem descontraído contei as histórias desse espaço e da minha carreira no jornalismo.
Se você se interessou, confere o bate papo, dividido em duas partes.
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