KSOP
Campeão do EPT, Marcelo Mesqueu conta repercussão do pós-título e recepção calorosa no Brasil: “parecia Copa do Mundo”
O craque recebeu homenagens em torneios por onde ou no retorno

Marcelo Mesqueu fez história como o primeiro jogador brasileiro a conquistar um Main Event do badalado EPT (European Poker Tour). O carioca, muito conhecido no país mesmo antes desse resultado, conquistou ainda mais fãs e ajudou a divulgar o poker brasileiro para o mundo. Presente no KSOP São Paulo, ele deu a sua primeira entrevista sobre a conquista.
“A ficha tá caindo agora”, diz. “Quanto mais a gente vai saindo para jogar, a gente vai vendo o quão isso foi representativo para o Brasil. Eu me sinto muito lisonjeado e satisfeito de saber que eu fiz parte dessa história na Europa. Eu tô me acostumando com a ideia de campeão mundial em Mônaco que é um lugar surreal”, fala Mesqueu.
Depois de uma jornada tão longa – foram cinco dias de Main Event – e uma mesa final cheia de emoções, o craque confessou para o Mundo Poker que ainda não reviu as imagens da transmissão do torneio. Só que as memórias ainda estão fresquíssimas na cabeça do atual campeão do circuito europeu.
“Assisti muito pouco, mas eu sei tudo o que aconteceu. Tá tudo registrado na minha cabeça, no meu coração. As pessoas, as jogadas, as mãos, a torcida. O que você me perguntar eu consigo te falar com clareza desde que eu tenha participado da jogada. Não vi tudo ainda, tô vendo aos poucos. Ainda não parei para assistir com os olhos de espectador”, revela.
Dono de uma coleção impressionante de troféus, Mesqueu já tinha um currículo invejável com inúmeros títulos, incluindo o título de Campeão Brasileiro, um Main Event do BSOP, inúmeras cravadas no mesmo circuito e no KSOP, além de um belo troféu conquistado no PCA (PokerStars Caribbean Adventure), fora outras. Mas nada se compara com a repercussão vivida após o EPT.
“Surreal. Parecia Copa do Mundo. Depois que eu ganhei o meu Instagram tinha mais de 1.800 mensagens, chegou a dar bug, congelava. Eu ia respondendo e chegava mais um monte. Eu não achava que o Brasil era tão amante de poker como foi. Tem tantas pessoas que chegam perto e falam ‘eu assisti, eu vi, eu vi aquilo’. Eu não acreditava nessa dimensão”, relata.
A chegada no Brasil foi de maneira triunfal. Mesqueu já participou de dois eventos como convidado especial e até teve um torneio batizado em seu nome, além de comemorar com toda sua (grande) família e amigos no prestigiado restaurante Oteque, no Rio de Janeiro. Ele também receberá uma homenagem durante o KSOP São Paulo.
“Quando eu volto, as pessoas me chamaram para fazer alguns eventos. Teve um High Roller lá no River Texas, no Rio de Janeiro, em homenagem a mim, o “High Roller do Mesqueu”. Bombou. Eu convoquei a galera, foram em massa. Teve um Angra dos Reis que também foi maravilhosa. E o terceiro é aqui em casa, o KSOP, lugar que sempre gostei e participo da istração”.
Perguntado sobre se essa conquista poderia trazer pontos positivos para o KSOP, Mesqueu respondeu que vê o título benéfico para todos de um modo geral.
“Eu acho que divulga o poker em si no Brasil. Claro, sabendo do KSOP, que estamos juntos, muitas pessoas vêm para estar próximas de você, do seu ídolo no caso. Mas eu acho que vai ajudar todo mundo, todas as pessoas que jogam, empresas que fazem grandes eventos, como foi em Angra dos Reis, só vem a somar para o poker nacional”, pontua.

Mesqueu com a galera no título do EPT Monte Carlo
Durante a mesa final do EPT, quem se destacou bastante foi o regular Lucas Scafini, também vitorioso durante a agem em Monte Carlo. O gaúcho comemorava intensamente as mãos de Mesqueu e, no final, foi o primeiro a dar um abraço no carioca. Abraço, diga-se de agem, que foi bastante apertado.
“O Scafini é um amigo, um irmão, chegamos desde o primeiro dia e eu encontrei ele no check-in. Nós fomos almoçar, entramos no torneio juntos que ele cravou. Eu caí em 19º nesse evento que ele ganhou, então a gente tava sempre junto. Ele falava ‘você vai cravar o Main Event’ depois que eu ei para o Dia 2 e ele falava ‘e eu vou parar pra te assistir’”.
“Realmente, ele parou, o Belarmino, um menino sensacional, ficou o tempo todo. Tive o Akkari no meu rail, Rafa Moraes, “F1oba”, e minha mulher incansável ali. Mas ele (Scafini) ele me apertou ali, se alguém que tinha que ser apertado fui eu naquela hora, o que os jogadores não fizeram ele fez literalmente”, brinca Mesqueu.
Confira a entrevista completa para o Mundo Poker:
Confira o episódio #07 do MundoTV Cast:
O craque recebeu homenagens em torneios por onde ou no retorno
KSOP
KSOP GGPoker: Surdo, Douglas Komar faz ótima participação no Mystery KO 6-Max e destaca experiência nas mesas
Ele deixou a disputa apenas na 17ª colocação

Em sua natureza, o poker é um esporte inclusivo, onde todos podem ter as mesmas oportunidades de ganhar e ir em busca de glórias. Mas o KSOP GGPoker São Paulo registrou duas belas histórias de jogadores que, além de superarem desafios nas mesas, também mostram que o esporte dá chances para todos.
Você leu nessa semana a bela história de Alex Lima, jogador com autismo que esteve nos salões do Grand Hyatt. Mas o fim da etapa também nos reservou outra bela surpresa: Douglas Komar, que fez bela participação no Monster Mystery KO 6-Max, é surdo, mas isso não o limitou de obter uma bela participação num dos principais torneios da grade. Ele deixou a disputa na 17ª colocação, atingindo a zona de premiação, entre 300 inscritos.
Foi o próprio Douglas quem procurou o Mundo Poker para contar sua história enquanto estava no salão do KSOP GGPoker. Sabendo que seu resultado pode inspirar mais jogadores a adentrarem o esporte, ele não deixa dúvidas quando perguntamos qual seria a mensagem que deixaria aos outros jogadores: “acreditem no seu jogo e não deixem que nenhuma barreira limite seus sonhos. O poker pode—e deve— ser um espaço para todos”, contou.
Douglas é professor da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e conta que os amigos lhe apresentaram o poker. “Comecei a jogar por curiosidade há alguns anos com amigos. Fui estudando o jogo, conhecendo e me apaixonando pelo aspecto mental. Como sou professor de libras na universidade, estou criando um glossário de sinais específicos do poker em libras, o que pode beneficiar dealers e demais jogadores.”
O bom resultado num dos principais torneios da grade também foi motivo de orgulho para o jogador. “O KSOP foi emocionante. Ficar em 17º foi muito marcante e mostra que pessoas surdas podem competir em alto nível’, contou.
Por fim, ele resume que a experiência foi muito positiva: “fui bem recebido, apesar de algumas barreiras de comunicação. Com mais ajustes simples e mais consciência, o ambiente pode se tornar ainda mais ível”, finalizou.
Confira o MundoTV Cast #72 com Breno Campelo:
KSOP
Com reta final impecável, Roger Ruivo vence a “maratona” de quatro dias de jogo e é campeão do Main Event KSOP GGPoker SP
O jogador de Suzano-SP foi muito bem recompensado em R$ 400 mil

Os Main Events do KSOP GGPoker são verdadeiras maratonas que os jogadores de poker precisam enfrentar ao longo de quatro dias de torneio, ando por desgaste mental e físico, sempre mantendo o foco para alcançar um único objetivo: a vitória. Em São Paulo, o torneio foi decidido nesta terça-feira e teve um desfecho final perfeito com a vitória de um jogador mais do que especialista nisso: o maratonista Roger Freitas, mais conhecido como Ruivo.
Natural de Suzano, localizada no Alto Tietê, no Estado de São Paulo, Roger mostrou uma resiliência impressionante durante todos os dias de torneio e teve uma atuação impecável durante todo o Dia 3 e na mesa final para ficar com a cravada. Ruivo, que é professor de corrida, deixou para trás um field de 649 entradas totais e transformou o investimento de R$ 3.000 em uma forra máxima de R$ 400.000. A cravada de Ruivo foi recheada de coincidências e contou com uma decisão de última hora para jogar o torneio:
“Eu nem ia jogar isso aqui. É muito doido. Eu estava por São Paulo e pensei: ‘meu, vou dar um tiro ali no Warm Up e tal’. Aí o que aconteceu? Dei o tiro no Warm Up, caí… e estava rolando o Prog KO. Falei: ‘ah, vou jogar o Prog KO’. Joguei e acabei premiando. No outro dia, cara, eu te juro, eu já estava com o pé na porta, na roleta para ir embora. E aí fiquei entre voltar ou dar o buy-in e jogar o Main Event, porque eu já estava com a grana, né? Acabei voltando, graças a Deus, e entrei no Main. E assim, cara, foi difícil pra caramba. Nos seis primeiros níveis de blind, eu cheguei a ficar com umas 7 mil fichas, mas consegui me recuperar e terminei o dia como chip leader. Então, cara, estou muito feliz. Só tenho a agradecer, primeiramente a Deus, à minha família, à galera do meu time, ao pessoal que treina comigo, ao time com o Corra KO Ruivo, que torceu bastante, e ao meu parceiro Chris Chow, que veio junto. Agradeço essa galera e parabenizo mais uma vez o evento, show de bola, sensacional, troféu lindo, anel, premiação. Estou muito feliz”, comentou.
Roger terminou o Dia 1A na liderança isolada, com impressionantes 354.000 fichas, e começou o Dia 2 do torneio como chip leader disparado. Porém, para quem pensava que isso seria um aporte direto ao Dia 3, estava enganado. Ruivo contou um pouco da trajetória, que teve altos e baixos:
“E, cara, no segundo dia, mais uma vez, não foi fácil. Alternei bons e maus momentos e tal. Cheguei a ficar, de novo, com 10 big blinds, faltando três níveis para terminar o dia. Caramba… tipo, 89 mil fichas. Mas consegui voltar, tive paciência, e finalizei o segundo dia entre os cinco maiores stacks. O terceiro dia foi mais tranquilo. Consegui me manter ali no topo o tempo todo. Acho que joguei muito bem, errei pouco. E aqui no quarto dia, entrei numa situação mais confortável — não tem como negar isso. Eu tinha 40% das fichas em jogo. Então sabia que, se eu conseguisse me concentrar, focar, fazer as melhores jogadas, buscar os melhores spots… a minha chance de vencer seria muito grande”, contou.
Já na mesa final, Ruivo começou com uma vantagem expressiva: tinha o maior stack, com mais que o dobro de fichas do segundo colocado. Logo de cara, ele eliminou um adversário e ultraou a marca de 65% das fichas em jogo. A partir dali, segundo ele, o título já estava encaminhado:
“Cara, foi logo no começo, né? Foi contra o Eduardo da Costa. Eu dei um 3-bet ali do small blind, ele abriu do botão, se não me engano, e eu fui de 3-bet. Aí ele shovou. Eu estava de AK contra o TT dele. Ele estava na frente, mas bateu o Rei no flop, e aí segurou. Quando eu puxei aquele pote, que tinha mais de 10 milhões de fichas — de um total de 19 milhões em jogo —, eu pensei: ‘cara, vai ser muito difícil tirarem isso aqui de mim'”, disse.
A próxima etapa do KSOP GGPoker será no Rio de Janeiro. O campeão finalizou a entrevista demonstrando gratidão por tudo que viveu e deixou em aberto a possibilidade de ir à capital carioca para defender a tão sonhada conquista:
“Cara, é tentador… e provavelmente sim. Agora que conquistei, acho que é justo tentar defender o título, né? Acredito que a chance de eu ir pra lá é bem grande. Só tenho a agradecer, de verdade, de coração. Estou super grato. Ah, e sobre a importância disso… Cara, isso é gigante! De novo: não dá pra normalizar. Jogar um evento de quatro dias é extremamente desgastante, tanto psicologicamente quanto fisicamente. Você sabe, são 12 horas de jogo por dia, e você tem que se manter firme ali. Às vezes, uma decisão errada em 30 segundos, um call mal feito, acaba com o seu torneio. Ter conseguido manter o foco, ter ficado firme, chegado até aqui e conquistado isso… é a minha maior conquista. É o meu ‘Big Hit’. Estou muito feliz. Eu jogo online, jogo ao vivo também, mas minha maior premiação no live era R$ 25 mil. Agora, estamos falando disso aí, então, tô muito feliz mesmo”, falou.
A mesa final
Assim como na etapa de Iguazú, a mesa final do Main Event do KSOP GGPoker São Paulo foi dominada por jogadores do Brasil, Argentina e Chile. Roger Ruivo começou como chip leader e, logo no início, impôs um ritmo agressivo sobre os adversários, mostrando desde cedo que estava decidido a buscar a vitória.
O primeiro eliminado foi o regular argentino Patricio Robuschi. Em seguida, foi a vez do chileno Edgard Moreau, que estava em um back-to-back de mesas finais, se despedir. O também argentino Eduardo Acosta caiu diante de Ruivo em um pote que turbinou ainda mais o stack do brasileiro, após um all in pré-flop de AK contra TT.
Em um duelo entre jogadores de Rondônia, Maicen Teixeira levou a melhor e eliminou o amigo Vinicius Nobre na 6ª colocação. Depois, Ruivo derrubou Daniel Noronha em um all in de AT contra K7, dando início ao 4-handed.
A partir daí, Roger apertou ainda mais a pressão e protagonizou um blefe insano que forçou Nicolas Velarde a largar uma mão fortíssima. Na sequência, Maicen eliminou Nélio Santana e o 3-handed foi formado.
O 3-handed durou pouco. Ruivo rapidamente eliminou o craque argentino Velarde em um all in de KQ contra AJ. Restava apenas Maicen Teixeira em seu caminho. Com quase 90% das fichas em jogo, Roger fechou a conta em mais um all in pré-flop, com 99 contra A8. O board J77J confirmou o título, e Ruivo se sagrou campeão do Main Event do KSOP GGPoker São Paulo.
Confira a premiação final e como foi a eliminação de cada participante:
1º – Roger Ruivo (Brasil) – R$ 400.000
2º – Maicen Teixeira (Brasil) – R$ 250.000
3º – Nicolas Velarde (Argentina) – R$ 135.000
4º – Nelio Santana – R$ 82.000
5º – Daniel Noronha (Brasil) – R$ 56.000
6º – Vinicius Nobre (Brasil) – R$ 39.000
7º – Eduardo Acosta (Argentina) – R$ 28.000
8º – Edgard Moreau (Chile) – R$ 20.000
9º – Patricio Robuschi (Argentina) – R$ 16.900
Confira o MundoTV Cast #72 com Breno Campelo:
KSOP
KSOP GGPoker SP: Ramon Pessoa escapa da bolha, mas cai em seguida com cooler incrível no High Roller
Ele sobreviveu e garantiu o ITM, mas caiu durante um cooler

Ramon Pessoa lutou muito na tarde desta terça-feira. O craque esteve short durante a realização da bolha do High Roller do KSOP GGPoker SP por mais de uma hora e ou por momentos delicados para se manter no torneio, encarando alguns all-ins. No entanto, o timing esteve do lado do cearense.
Com menos de quatro big blinds em seu stack e o torneio rolando no modo hand for hand, Ramon estava próximo de ser o big blind mais uma vez. No entanto, na outra mesa, Rodrigo Cardoso se envolveu num all-in com Rafael D’Auria e acabou por ter um desfecho negativo, deixando a disputa na 14ª colocação. Assim, os 13 jogadores restantes garantiram o prêmio de R$ 30 mil.
Na mão seguinte, já com a premiação debaixo do braço, Ramon acabou por ir all-in quase que de forma automática. Para sua surpresa, o baralho decidiu lhe dar uma sobrevida: ele segurava e estava em vantagem sobre o de Bruno Porto.
Parecia que a participação de Ramon no torneio seria estendida por mais algum tempo. O cearense viu o flop formar dois pares para Bruno, ao o que completou uma sequência ao mesmo tempo. O turn também não alterou a dinâmica da mão.
No entanto, o river trouxe a notícia devastadora para o cearense, que viu o aparecer e sacramentar o full house de Bruno Porto para a eliminação. Ramon foi eliminado na 13ª colocação com o cooler, mas certamente que não vai reclamar de ter sobrevivido uma mão a mais.
Confira o MundoTV Cast #72 com Breno Campelo:
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