WSOP
Reta final do Evento #94 da WSOP tem falinhas pesadas, jogador queimadaço com hero call e até sangue; confira relato
Fatos estranhos e curiosos marcaram a parte final do torneio

Retas finais da WSOP sempre rendem boas histórias, mas o Evento #94 (US$ 5.000 No-Limit Hold’em) teve um enredo que seria aprovado até pelos melhores roteiristas. Uma sequência de situações aconteceu na parte final do torneio e tornou a ação bastante intrigante e até divertida para quem estava acompanhado de perto.
Para começar, um dos detalhes diferentes é que realmente quem acompanhava estava mais próximo das mesas do que o comum. Os diretores e floors da WSOP são bem rígidos – inclusive com a mídia – e costumam dificultar bastante para quem assiste. Talvez pelo clima de último dia, esse não foi o caso desse torneio e alguns jogadores até chegaram a reclamar da proximidade dos espectadores.
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Um dos personagens principais dessa reta foi o americano Alex Keating. Ele abusou das falinhas e até ou do ponto várias vezes, chegando a praticar o que chamam de “shit talking”. Keating teve como alvo principal Felipe Ketzer e o incomodou bastante, inclusive dando a entender que o brasileiro era “fish” ou “big fish”.
Na mesa semifinal, Felipe até colocou o fone para não escutar as investidas do adversário. Alex deu um tempo na provocação, mas em determinado momento, após perguntar a quantidade de fichas do gaúcho, respondeu com um “obrigado” em português, sem perder o spot. Na eliminação de Ketzer, ele disparou um “foi legal falar com você”, sendo ignorado mais uma vez.

Alex Keating
Jogador tilta com hero call e vê torneio ruir
Quando restavam 15 jogadores no field, Pat Lyons, dono de um bracelete online em 2020, era o segundo colocado em fichas apenas atrás de Keating. Em uma sequência de pouquíssimos minutos, ele entrou em um tilt gigantesco e viu o torneio ruir para ser eliminado em 15º. A mão que desconsertou o americano foi contra Josh Reichard.
Lyons deu raise do começo da mesa e levou um 3-bet de Reichard logo à sua esquerda. Com expressão de desconforto, ele deu call e eles foram de checks no flop 468 e no turn 7. O river foi um 9 e Lyons soltou uma aposta de seis big blinds, mas levou um hero call de A4. Um amigo de Reichard – bem perto da mesa – comemorou aos berros e Lyons ficou com nervos à flor da pele.
Ele chamou a jogada de Reichard como um “donk call” em pelo menos duas oportunidades, discutiu com o amigo do adversário e disse para a mesa inteira que eles teriam sorte se ele não chegasse na mesa final, porque seria ali que ele destruiria a todos. Visivelmente nervoso, ele disputou a mão seguinte e perdeu um potaço para Alex Keating com outro hero call.
Os blinds eram 80.000 / 160.000, Pat deu raise de 3x do UTG e Alex pagou do big blind. O flop foi e eles foram de check. No turn , Keating apostou 500.000 fichas e levou instacall. O river foi e Alex deu check. Lyons, em ação bem rápida, disparou uma aposta de 900.000. Keating pensou por mais de três minutos e depois de falinhas e pensativas em voz alta, pagou com . Lyons mostrou em novo blefe. Enfurecido, usou o termo “donk call” mais uma vez.
Pat sobrou com 10 big blinds e se envolveu em all in pré-flop na mão seguinte contra Christian Harder. De A8 contra 77, o board Q996J completou a fúria do americano. De 2º em fichas no 15 left para 15º colocado em apenas três mãos.

Pat Lyons
Teve até sangue…
O clima era de Libertadores e a reta final teve até jogador sangrando. Mas calma… não foi agressão, nem nada do tipo! Numa situação pra lá de esquisita, o chinês Yang Zhang, ao mexer nas cartas, conseguiu a proeza de fazer um corte em um dedo. O floor percebeu a situação e pediu para o jogador estancar o sangramento fora da mesa.
O engraçado é que faltava apenas um minuto para o intervalo e justamente nessa jogada Zhang seria o small blind. Ele estava curto em fichas e ficou desesperado com a situação. O floor manteve a posição dizendo que era um procedimento padrão, mas Zhang implorou para jogar. Ele disse que jogaria apenas com a mão que não estava sangrando e o funcionário acabou cedendo.
Sim, a cena foi essa mesmo: Zhang colocou a mão que estava com o dedo cortado para trás e viu as cartas apenas com a outra mão. Ele foldou o small blind e saiu correndo para limpar o sangramento. Não deu para Ketzer, mas dá para dizer que foi uma reta final bastante divertida para os espectadores.

Yang Zhang
Confira o MundoTV Cast #41 com Marcelo Medeiros:
Fatos estranhos e curiosos marcaram a parte final do torneio
WSOP
Josh Arieh comenta ausência de Phil Hellmuth no Main Event e critica contratação de dealers da WSOP: “2.000 novos profissionais”
O jogador participou de uma entrevista com o site Poker.Org

Começa nesta terça-feira (27) a tão esperada World Series of Poker (WSOP) em Las Vegas, e a expectativa está altíssima para mais uma edição da série mundial, recheada de braceletes em disputa. Por lá, alguns nomes já são figurinhas carimbadas na briga por títulos e ranking, como é o caso de Josh Arieh, craque eleito Jogador do Ano em 2021.
Sempre em busca de aumentar sua coleção de braceletes, atualmente com seis conquistas, Arieh já deixou sua cidade natal, Atlanta, no estado da Geórgia, e partiu rumo a Las Vegas para encarar um grind insano de 50 dias.
Antes disso, ele concedeu uma entrevista ao site Poker.Org, conduzida pelo jornalista Craig Tapscott, na qual fez algumas declarações, ora “alfinetando”, ora “elogiando” Phil Hellmuth e até mesmo a própria WSOP sobre certos temas.
Questionado sobre a possível ausência de Phil Hellmuth no Main Event, após o recordista de braceletes criticar a estrutura longa do torneio, que prejudicaria jogadores mais velhos, Arieh, que tem 50 anos, foi enfático sobre o assunto:
“É o Phil. Você tem que levar o Phil com um pouco de cautela. Ele adora ter a câmera na cara e as pessoas falando sobre ele. Ele é ótimo para o jogo. Quem sabe? Eu nem pensei se o Phil vai jogar ou não. Não importa para mim. Seja o que for que ele faça, é ótimo para o poker. Vai ser uma grande manchete se ele não jogar. E se ele jogar, ele vai fazer algum tipo de entrada ridícula e chamar atenção de outra forma. De qualquer jeito, é ótimo para o poker”, disse Arieh.
Na entrevista, que abordou outros temas como competitividade, carreira, os 21 anos desde sua mesa final no Main Event e a PokerStake, empresa onde ele vende cotas para a série, Josh também criticou a WSOP ao ser questionado sobre o que mudaria na série em 2025:
“A única coisa sobre a qual sempre falei é o quão difícil é contratar bons dealers. Eles precisam de um treinamento extra porque são a última extensão da empresa. Quando você se senta à mesa, aquele dealer está representando a sua empresa. Quando esses dealers não são treinados corretamente, isso arruína a experiência e tira muita diversão. A World Series precisa contratar de 1.500 a 2.000 novos dealers. É uma situação difícil, mas algo precisa ser feito”, comentou.
Ele não titubeou ao criticar os dealers da série, deixando claro que muitos não estão preparados para o trabalho na WSOP. O assunto, aliás, é frequentemente levantado por jogadores brasileiros, que comparam o atendimento com os profissionais dos principais circuitos do país, e geralmente consideram os brasileiros muito mais preparados do que os norte-americanos.
Confira o Poker de Boteco #108 com Carlos Rox:
WSOP
Gabriel Moura fez história no Main Event da WSOP 2024 com a segunda melhor marca do Brasil no torneio; relembre
Eliminação no 12º lugar rendeu um prêmio espetacular de US$ 600.000

A bandeira brasileira chegou bem pertinho de figurar entre as nove da mesa final do Main Event da WSOP 2024. O craque Gabriel Moura fez história ao alcançar a 12ª colocação no maior torneio de poker do mundo. A jornada do “Aurélio”, apelido que quase virou nome pelo nick do online “aaurelio”, trouxe uma nova escrita.
O resultado rendeu o big hit da carreira dele de US$ 600.000. Moura agora é o dono da segunda melhor campanha de um brasileiro no Main Event. Só faltou ultraar Bruno Foster, até hoje o único a alcançar a grande decisão. O oitavo lugar do craque ainda é a colocação a ser batida.
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Vale lembrar que ele atravessou o maior field do Main Event da WSOP da história para terminar no 12º lugar. Foram 10.112 inscritos na edição do ano ado. Gabriel caiu no Dia 8 da disputa depois que o evento retornou com 18 jogadores no jogo. Ele tinha o 11º maior stack e caiu uma posição antes do seu lugar de início do chip count.
E foi com uma bad beat. Brigando por um pay jump de US$ 200.000, ele tinha oito big blinds quando se envolveu em all in pré-flop com Jason Sagle. Gabriel tinha Q9 e o rival 65. O flop J98 deixou o brasileiro com 84% de chance de levar a mão, mas o canadense encontrou a broca do 7 no turn. A torcida clamou por um T, mas o river 5 finalizou a bela jornada do mineiro.
Confira o Poker de Boteco #108 com Carlos Rox:
WSOP
Números de Daniel Negreanu na WSOP são impressionantes e canadense busca ampliar legado em Las Vegas; confira
O canadense está na caça do oitavo bracelete da carreira

A WSOP 2025 começa na próxima terça-feira (27), e jogadores do mundo todo já estão se mobilizando para viajar até Las Vegas em busca dos braceletes e de todo o prestígio que é disputar a série. Entre as estrelas, um que está preparadíssimo é Daniel Negreanu, que fará de tudo para aumentar o número de joias conquistadas.
O canadense, que recentemente divulgou uma grade de torneios bastante recheada e com quase nenhuma folga, é uma verdadeira lenda da série. Tim Duckworth, diretor de torneios da PokerGO, fez recentemente um levantamento dos dados da carreira de Negreanu na WSOP, confirmando o status lendário do craque.
“Claro, ele só ganhou sete braceletes. Mas o currículo dele na WSOP se destaca como um dos mais impressionantes do esporte. Um verdadeiro favorito dos fãs, ano após ano”, afirmou Tim Duckworth em sua postagem, repostada por Daniel Negreanu.
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Na publicação, Duckworth destacou os números impressionantes do canadense: US$ 22.780.471 em premiações na série, com um total de 273 ITMs. Além disso, Daniel acumula US$ 575.839 em resultados online, com 91 premiações.
Ao todo, são sete braceletes conquistados, 10 vice-campeonatos e oito terceiros lugares. Negreanu também alcançou 57 mesas finais ao longo da carreira e esteve presente nas duas últimas mesas em pelo menos 103 ocasiões.
Em relação aos tipos de jogos, Daniel soma 144 premiações em No-Limit Hold’em (NLH), 33 em Pot-Limit Omaha (PLO), 10 ITMs no Main Event e chegou longe cinco vezes no US$ 50K Poker Players Championship, torneio do qual é o atual campeão.
A pergunta que fica é: será que o oitavo bracelete vem este ano para essa lenda do esporte?
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